O amor é para os fortes... na política também!


O amor é para os fortes que se veem fracos,
e não amar é para fracos que se veem fortes.


O Amor é para os fortes.

Quando falo de amor não me refiro aqui à erotismo, ao sentimento que se tem numa relação conjugal -- e ouso dizer que, há muitos relacionamentos cheios de erotismo e pouco amor.
Me refiro ao amor em essência, o desejo intenso de querer o bem de uma outra pessoa independente do que ela seja. Não é o desejo pela pessoa, nem por algum benefício que ela te dê, mas prezar pela vida da mesma.

Mediante às crises sociais que vivemos nos últimos tempos, fica evidente o quão díficil é amar. Amar exige uma autonegação desafiadora. Negar que não é o centro do mundo, negar que seu moralismo não é necessariamente o melhor a ser seguido, negar que só você pode ter liberdade A e direito B... não é uma tarefa fácil. E além de tudo isso, o amor exige negar a própria força em amar. Reconhecer que NÃO CONSEGUE amar como deveria, reconhecer que de certo modo você É UM FRACASSO, exige FORÇA. Posso dizer que os que amam são “fortes que se veem fracos” e os que não amam são “fracos que se veem fortes”.

Vide os perfis nas redes sociais em suas histerias políticas.

Temos por um lado pessoas que não se acham o centro do mundo e nem colocam suas escolhas como centro do mundo, e por outro lado os que assim o fazem. Temos pessoas que se negam ao ponto de serem chamadas “indecisas” (e nada mais querem é reconhecer positividades sem dogmatismo e colocá-las em debate), e outras que se afirmam tanto que querem que as outras “já vão se acostumando” com autoritarismo.

Temos de perceber que é de amor que democracia sobrevive. Os representantes não podem agir com fisiologismo, mas com negação de si mesmo e afirmação do próximo, próximo nesse caso é todo brasileiro de sua esfera de atuação.

É bem fácil resolver as coisas sem amor. É fácil não ter diálogo. É fácil prezar pelo individualismo acima do coletivo. É bem fácil... mas também, bem superficial.

Podar árvores em vez de cortar raízes é fácil e para fracos que se acham fortes, afinal, erguem a cabeça e resolvem rapidamente os problemas, sem olhar para baixo, sem olhar para os lados, e de fato resolvem momentaneamente.
Cortar as raízes exige um olhar amplo, inclusive para o solo. Exige força, exige um trabalho ainda mais coletivo... é demorado, mas é o melhor caminho, mais sustentável, mais seguro, mais confiável. E uma política com amor é assim, corta raízes do que for ruim, colhe bons frutos e planta sementes do que for necessário.





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http://fb.com/notes/elias-morais/o-amor-%C3%A9-para-os-fortes-na-pol%C3%ADtica-tamb%C3%A9m/1602839856488359/

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