Educação: Algumas palavras
Educar: Do latim "ex ducere", significa "conduzir para fora"
A educação deve ultrapassar os limites das quatro paredes da sala de aula, não somente no sentido literal, mas no sentido de conhecimento.
Ela deve conduzir o estudante a um conhecimento sobre a sociedade e seu papel como cidadão e profissional.
Temos hoje uma educação fechada, que aprisiona o estudante em um conhecimento particular do chamado professor (do latim, aquele que se declara apto [a ensinar])
Estudante, do latim "estudium", significa "manter-se ocupado".
Hoje o estudante se mantém ocupado com o que? Com o que ele quer e precisa aprender ou com o que o professor quer e precisa ensinar? Talvez pareça uma pergunta boba e irrelevante.
Fato é, que em um sistema tradicional e tão somente tradicional, ele não pensa e nem deve pensar, apenas receber conceitos, e nunca fazê-los. Não há discussões, pois "discussão" é uma palavra que não pode existir, é equiparada a "briga" e "rebeldia". Quem está com a absoluta, verdadeira e correta opinião das coisas são os professores.
Os estudantes de hoje, se formarão engenheiros amanhã, quem sabe médicos, quem sabe advogados. E qual será o perfil destes profissionais? Guiados pelo automático, pela falta de opinião e programados pelo professor.
Alguns progredirão, e serão ótimos e competentes profissionais. Outros... quem serão os outros que não conseguirem avançar? Sem ética, sem sua racionalidade sobretudo humana, sem capacidade de viver como humano, e sem experiência de uma vida cidadã e profissional de fato própria e humana, enfrentará as dificuldades de sua carreira e de sua vida do pior modo possível.
Essa é a educação que temos.
Não é essa educação que queremos e que precisamos, mas a que fazemos, impulsionados pelo próprio sistema. Somos vítimas dessa educação e é ela que passamos adiante.
O mal dela veremos adiante, em gerações futuras, em intensidade maior que o mal que ela já produz há tempos e não percebemos.
Educação de verdade, não limita espaços, nem pessoas, nem conhecimentos muito menos opiniões.
Deve-se concordar que, se algo é fato inquestionável hoje, um dia era mera opinião que questionava um fato ontem. É assim que se constrói conhecimento. Nessa educação verdadeira, o conhecimento não é somente "passado adiante", mais do que isso, ele é construído. Não se deve limitar essa construção.
O que fazer?
Aquele que se declara apto a ensinar (lat.: deixar uma marca) primeiro deve se declarar apto a aprender (lat.: levar para si), aprender o que é de fato educar.
Conduzir para fora.
De mãos dadas.
Gleison Elias ©
A educação deve ultrapassar os limites das quatro paredes da sala de aula, não somente no sentido literal, mas no sentido de conhecimento.
Ela deve conduzir o estudante a um conhecimento sobre a sociedade e seu papel como cidadão e profissional.
Temos hoje uma educação fechada, que aprisiona o estudante em um conhecimento particular do chamado professor (do latim, aquele que se declara apto [a ensinar])
Estudante, do latim "estudium", significa "manter-se ocupado".
Hoje o estudante se mantém ocupado com o que? Com o que ele quer e precisa aprender ou com o que o professor quer e precisa ensinar? Talvez pareça uma pergunta boba e irrelevante.
Fato é, que em um sistema tradicional e tão somente tradicional, ele não pensa e nem deve pensar, apenas receber conceitos, e nunca fazê-los. Não há discussões, pois "discussão" é uma palavra que não pode existir, é equiparada a "briga" e "rebeldia". Quem está com a absoluta, verdadeira e correta opinião das coisas são os professores.
Os estudantes de hoje, se formarão engenheiros amanhã, quem sabe médicos, quem sabe advogados. E qual será o perfil destes profissionais? Guiados pelo automático, pela falta de opinião e programados pelo professor.
Alguns progredirão, e serão ótimos e competentes profissionais. Outros... quem serão os outros que não conseguirem avançar? Sem ética, sem sua racionalidade sobretudo humana, sem capacidade de viver como humano, e sem experiência de uma vida cidadã e profissional de fato própria e humana, enfrentará as dificuldades de sua carreira e de sua vida do pior modo possível.
Essa é a educação que temos.
Não é essa educação que queremos e que precisamos, mas a que fazemos, impulsionados pelo próprio sistema. Somos vítimas dessa educação e é ela que passamos adiante.
O mal dela veremos adiante, em gerações futuras, em intensidade maior que o mal que ela já produz há tempos e não percebemos.
Educação de verdade, não limita espaços, nem pessoas, nem conhecimentos muito menos opiniões.
Deve-se concordar que, se algo é fato inquestionável hoje, um dia era mera opinião que questionava um fato ontem. É assim que se constrói conhecimento. Nessa educação verdadeira, o conhecimento não é somente "passado adiante", mais do que isso, ele é construído. Não se deve limitar essa construção.
O que fazer?
Aquele que se declara apto a ensinar (lat.: deixar uma marca) primeiro deve se declarar apto a aprender (lat.: levar para si), aprender o que é de fato educar.
Conduzir para fora.
De mãos dadas.
Gleison Elias ©
